sexta-feira, 4 de novembro de 2011

MULHERES DE 50 ANOS.

No livro Coroas, a antropóloga Mirian Goldenberg analisa o insustentável peso da idade entre as mulheres brasileiras
mirian-2.jpgcapa-coroas.jpgEstudiosa dos gêneros e do corpo em nossa cultura, a antropóloga e professora da UFRJ Mirian Goldenberg saiu a campo para investigar como a mulher brasileira de 50 anos está se enxergando. Autora de outros ensaios sobre a condição feminina na sociedade contemporânea, como A outra, Infiel e O corpo como capital, Mirian apresenta os resultados de sua pesquisa em Coroas – Corpo, envelhecimento, casamento e infidelidade (Record, 224 pgs. R$28). Ela mostra, basicamente, que a situação anda difícil para as mulheres maduras: numa cultura que condiciona os afetos a aparências e valores de mercado, e onde a juventude e a beleza são fatores determinantes da realização pessoal, elas se sentem cada vez mais excluídas e pressionadas. Entre outras conclusões preocupantes, Mirian afirma que, mesmo após todas as conquistas femininas, as mulheres casadas são mais felizes; que, quando traem, elas se colocam na posição de vítimas; e que, para muitas, a idade pode representar uma libertação dos papéis de esposa e mãe. São resquícios de valores do passado ainda entranhados no imaginário feminino – mesmo numa geração que cresceu cultuando a independência e a liberdade. Como consolo, vale lembrar que já foi pior. Na época de Balzac, a crise chegava mais cedo, aos 30.
G1: O conceito de “coroa” vem mudando com o tempo? Como se define uma coroa hoje? Idade é o único critério?
MIRIAN GOLDENBERG: Vem mudando, sim. Mas a idade ainda pesa. As mulheres começam a se sentir envelhecendo aos 40. Entram em crise, começam a fazer loucuras: plásticas, lipos, botox etc. Os homens começam a envelhecer mais tarde. Eles falam dos 60, da aposentadoria, como um grande marco do envelhecimento. Também acrescentam dois outros marcos: calvície e problemas sexuais. Então, ser coroa não é apenas uma questão de idade. É uma aceitação de posições simbolicamente desvalorizadas na sociedade: a aceitação da velhice como um momento só de perdas e pesos.
G1: O amadurecimento/envelhecimento tem implicações diferentes nos homens e mulheres? Em que sentido? A “vida útil”, em termos amorosos/sexuais, é diferente para os dois? Uma mulher com mais de 40 se sente “fora do mercado”?
MIRIAN: Simbolicamente, no Brasil, as mulheres envelhecem muito mais cedo do que os homens. Quanto mais velhas, menos chances no mercado afetivo-sexual. Por sua vez, quanto mais velho, mais o homem pode escolher no mesmo mercado. Como mostro no livro Coroas, numa cultura em que ter um marido é um verdadeiro capital – o que chamo de “capital marital” – envelhecer, para a mulher, é um momento de perdas. Elas se queixam de dois problemas: falta de homem e decadência do corpo. Já os homens se preocupam muito menos com a aparência e mais com a perda de poder e de prestígio social. Eu encontrei três tipos de discursos femininos, que classifiquei como de falta, invisibilidade e aposentadoria do mercado afetivo-sexual. Eles podem ser vistos como uma postura de vitimização das mulheres nesta faixa etária, que apontam, predominantemente, as perdas, os medos e as dificuldades associadas ao envelhecimento. Nesse sentido, numa cultura em que o corpo é outro importante capital, talvez o mais importante de todos, o processo de envelhecimento pode ser vivido como um momento de importantes perdas, especialmente de capital físico. Há muitas mulheres que estão começando a se mutilar aos 40 ou 50 anos para atender a uma cultura que impõe isso. A cobrança aqui é diferente da que acontece na Alemanha, por exemplo. Lá, a questão é por que fazer isso com o próprio corpo. Aqui, há uma obrigação de fazer. As escolhas das mulheres brasileiras são muito mais limitadas do que as escolhas de uma mulher alemã. Ninguém diz que uma alemã é uma fracassada porque ela não se casou ou não teve filhos. É isso que eu chamo de miséria subjetiva: aceitar a invisibilidade que é imposta à mulher que envelhece.
G1: Qual é o impacto das pressões pela realização sexual, profissional, familiar sobre as mulheres maduras?
MIRIAN: Aqui no Brasil as pressões são enormes, porque a nossa cultura cultua um determinado comportamento que combina três elementos extremamente valorizados: juventude, sexualidade e boa forma. É óbvio que, ao envelhecer, a mulher perde esses capitais tão importantes em nossa cultura. Já na cultura alemã, onde também estou pesquisando como as mulheres estão envelhecendo, os capitais mais valorizados são outros: personalidade, cultura, charme, inteligência, poder, confiança. Com a idade, as mulheres acumulam capital, em vez de perdê-lo. Por isso, envelhecer parece ser um momento de extrema satisfação para as alemãs. Aqui é um momento de extremo sofrimento para muitas mulheres, que investem no corpo e na sexualidade. As brasileiras que pesquisei trabalham ou são aposentadas. Todas são ou foram casadas, todas têm filhos, todas já cumpriram (ou ainda cumprem) o papel de esposa e mãe. Os 50 anos, para algumas mulheres, representam um momento de libertação do papel de esposa e mãe, para “ser eu mesma pela primeira vez”, uma frase recorrente no discurso delas. Enquanto emancipação foi a idéia enfatizada pelas alemãs (nenhuma me disse “sou uma mulher livre”; elas dizem: “Sou uma mulher emancipada”), liberdade foi a idéia que as brasileiras enfatizaram. Há ainda outra diferença: a emancipação das alemãs parece ser uma conquista de toda a vida, desde jovens. A liberdade das brasileiras parece ser uma conquista tardia, após elas cumprirem os papéis obrigatórios de esposa e mãe. Mesmo as que são casadas, sentem-se mais livres após os 50 para “serem elas mesmas”. Algumas redescobrem prazeres e vocações deixados de lado em função do casamento e da maternidade, retomados após os filhos estarem mais velhos.
G1: Segundo um ditado popular, só existem dois tipos de pessoas felizes: mulheres casadas e homens solteiros. As mulheres casadas são mesmo mais felizes que as solteiras? Por quê?
MIRIAN: Na minha pesquisa, aqui no Brasil, parece que sim. As casadas são aquelas que disseram ser as mais felizes. Daí eu ter criado a idéia de “capital marital”. Elas se sentem duplamente poderosas, pois, além de terem um marido, acreditam que são mais fortes, independentes e interessantes do que ele – mesmo quando ele ganha muito mais e é mais bem sucedido profissionalmente do que elas. Num mercado em que os homens são escassos, principalmente na faixa etária pesquisada, as casadas se sentem poderosas por terem um produto raro e extremamente valorizado pelas mulheres brasileiras – e, também, por se sentirem superiores e imprescindíveis para os seus maridos. É possível constatar que, além de o corpo ser um capital importantíssimo no Brasil, o marido também é um capital, talvez até mais fundamental do que o corpo, nessa faixa etária. O que as brasileiras mais valorizaram, em seus depoimentos, é o fato de terem um casamento sólido e satisfatório, de muitos anos. A existência desse tipo de casamento foi apontada como o principal motivo de felicidade. Já a sua ausência foi motivo de infindáveis queixas e lamúrias. Num dos grupos realizados, uma mulher magra, bonita e com a aparência muito jovem disse que sentia inveja de outra pesquisada, por ela ter um casamento estável e feliz. O interessante é que a invejada era gorda e com uma aparência muito mais velha do que a invejosa. A magra disse: “Eu tive e tenho muitos namorados, mas não consigo ter um companheiro, um marido. Senti inveja quando você falou do seu casamento de 30 anos, porque eu nunca consegui ter isso. E nunca mais vou conseguir ter”.
G1: A infidelidade feminina está aumentando? E a masculina? Por quê? Isso é bom ou ruim?
MIRIAN: Um dado interessante da minha pesquisa é o diferente posicionamento de homens e mulheres no que diz respeito à traição. Os homens se justificam por terem uma “natureza”, uma “essência” propensa à infidelidade. Já as mulheres responsabilizam seus maridos ou namorados por elas serem infiéis. Homens dizem trair por “atração física”, “vontade”, “tesão”, “oportunidade”, “aconteceu”, “galinhagem”, “é um hobby”, “testicocefalia”, “é da natureza masculina”, “instinto”. Já nas respostas femininas encontrei “insatisfação com o parceiro”, “falta de amor”, “para levantar a auto-estima”, “vingança”, além de um número significativo de mulheres que traem porque não se sentem mais desejadas pelos parceiros. Apesar de muitos comportamentos masculinos e femininos não estarem mais tão distantes, inclusive no que diz respeito à traição – como mostram os dados da minha pesquisa, em que 60% dos homens e 47% das mulheres afirmam já terem sido infiéis – os discursos femininos e masculinos são extremamente diferentes. Pode-se notar, ao analisar esses dados, que os homens justificam suas traições por meio de uma suposta essência ou instinto masculino. Já as mulheres infiéis dizem que seus parceiros, com suas faltas e galinhagens, são os verdadeiros responsáveis por suas relações extraconjugais. Ou seja, no discurso dos pesquisados, a culpa da traição é sempre do homem: seja por sua natureza incontrolável, seja por seus inúmeros defeitos (e faltas) no que diz respeito ao relacionamento. Se é inquestionável que, nas últimas décadas, houve uma revolução nas relações conjugais, na questão da infidelidade ainda parece existir um “privilégio” masculino, isto é, ele é o único que se percebe como sujeito da traição. Enquanto a mulher, mesmo quando trai, continua se percebendo como uma vítima, que no máximo reage à dominação masculina. Os comportamentos sexuais podem ter mudado, tendendo a uma maior igualdade, mas o discurso sobre o sexo ainda resiste às mudanças. Os discursos estabelecem e reafirmam as diferenças de gênero, até mesmo quando o comportamento parece recusar essas diferenças. Não estou afirmando que não existem diferenças no comportamento sexual feminino e masculino, mas, como sugerem os dados da minha pesquisa, elas não são tão grandes assim. O que quero propor é que a linguagem da diferença não só reforça as diferenças existentes, como parece ampliar significativamente o sentido de diferenças que não são tão grandes como parecem.
G1: Apesar de todos os avanços nas conquistas femininas, a cada geração fica mais explícito o uso da sedução e do corpo feminino como moeda, e muitas mulheres viram a seu favor a condição de objetos e mercadorias. Como você analisa isso?
MIRIAN: Os valores mudaram muito nas últimas décadas, mas, com certeza, ainda não tanto a ponto de a brasileira deixar de investir no corpo e na sexualidade como verdadeiros capitais em diferentes mercados – afetivo, profissional, sexual etc. Ainda é enorme essa dependência do homem que as brasileiras têm. Sem dúvida, a mudança de valores pode ajudar a conquistar uma velhice melhor. Primeiro, a mulher vai investir em outros capitais que vão transformar a velhice, como capital cultural, capital científico, ou em outros relacionamentos que não sejam só com o homem. Tudo isso pode alimentar um projeto de uma velhice melhor. Quando a mulher investe só em corpo e em sexualidade, todos os projetos passam pelo homem e pelas cirurgias plásticas. Aqui não encontro mulheres que não tenham feito cirurgias plásticas, que é o principal investimento no corpo. As alemãs investem em viagens, em leituras, investem até nos momentos de solidão, em casas gostosas de viver, ou seja, elas têm muitos outros prazeres. E foram acostumadas a contar com elas mesmas. Aqui as mulheres de 50 anos me dizem que agora pela primeira vez são mais livres. As alemãs me dizem: mas elas precisam esperar até os 50 para serem livres?
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A partir dos 40, mulheres enfrentam crise existencial

Saúde
No meio do caminho tem uma crise. Ela costuma bater entre os 40 e 50 anos, quando a mulher de repente se dá conta de que metade da vida já passou. É nesse momento, junto com as alterações hormonais e a percepção dos primeiros sinais de envelhecimento, que ela parte para rever e avaliar as suas realizações.


E não há balanço existencial sem certa dose de angústia. O primeiro sintoma dessa transição parece um tanto impreciso. A mulher começa a sentir que alguma coisa se perdeu, mas não sabe muito bem onde nem como. Há mesmo uma crise no meio do caminho em maior ou menor grau. E, de acordo com os psicólogos e estudiosos do comportamento humano, todas as mulheres dessa faixa irão vivenciá-la.

É normal -e humano- entrar em crise. A sabedoria está em sair dela fortalecida.

"É muito mais saudável reconhecer a crise do que bancar o avestruz e fingir que ela não existe", assegura a psicóloga Eliane Marraccini, que acaba de lançar "Encontro de Mulheres - Uma Experiência Criativa no Meio da Vida" (Editora Casa do Psicólogo). O livro, baseado em depoimentos de mulheres entre 40 e 55 anos, é parte da sua tese de mestrado em psicologia clínica defendida na PUC, em São Paulo.

Só fica o que interessa

Amadurecer é rever tudo ou quase tudo. Pegar o amontoado de roupas guardadas no armário, separar o que quer, adquirir novas peças e, aos poucos, ir se livrando das inutilidades acumuladas. A bagagem pode muito bem conter só o que interessa, o que realmente dá prazer.

O empenho não está mais em "construir", mas em "reconstruir" e na sucessão de atitudes vinculadas à idéia da "reconstrução": revisão de valores, retomada de antigos projetos, reformulação de hábitos, reinvenção de comportamentos.

O alfabeto do amadurecimento bem que poderia começar pela letra "erre". Rever tudo: quem acorda tarde pode começar a curtir mais a manhã; quem é sedentária, movimentar o enferrujado esqueleto; quem estiver insatisfeito com o relacionamento, usar de todos os meios disponíveis para melhorá-lo e, se ainda sim não for possível, dar adeus. Batalhar novas oportunidades com ações, e não só com o batalhão de neurônios. Ou "reciclar" (de novo, o "erre" no comando) antigas experiências.

Mas todo o trabalho de reformulação exige um mínimo de capacidade organizacional. As prioridades precisam ser bem organizadas -tarefa não muito fácil se a pessoa estiver com o emocional abalado.

"A mulher que está atravessando essa crise tem a tendência de ficar sonhando e vivendo muito no condicional. Ela até faz planos, mas demonstra dificuldade para organizar prioridades para que as coisas mudem de fato", adverte a psicóloga Teresa Creusa Goes Monteiro Negreiros, que recentemente defendeu uma tese de doutorado na PUC-RJ sobre como as mulheres independentes estão enfrentando processos de amadurecimento.

Muitas vezes, a terapia acaba dando o empurrão que faltava para ela se mexer. O objetivo é acordá-la para o tempo presente e, sem desprezar a importância do passado e do futuro, mandá-los "passear" um pouco para que ela ponha em prática as suas aspirações.

O surgimento das rugas em torno dos olhos, o ressecamento da pele e todo o desequilíbrio hormonal provocado pela aproximação da menopausa são a faceta mais visível do retrato inaugural da "meia-idade" -e que palavrinha mais desagradável essa. A insegurança da mulher costuma se agravar diante de uma real ou imaginária diminuição do desejo do parceiro ("será que ele se sente atraído por alguém mais nova?") e até da conquista de uma independência maior por parte dos filhos, que entram na adolescência ("e se ele não precisar mais de mim?").

A mãezona sabe-tudo em geral acaba perdendo lugar no universo dos códigos cifrados das tribos jovens.

Mas a "crise da maturidade" não mais se apresenta, necessariamente, na porta de entrada dos 40 anos. "Fatores como o aumento da longevidade, avanço da medicina preventiva e maior inserção da mulher no mercado de trabalho acabaram por retardar o momento da crise", constatou Eliane Maraccini em sua pesquisa. Em outros termos: a ficha tende agora a cair mais perto dos 50 anos. Aí as dúvidas e questionamentos correm o risco de despencar de uma vez.

Fim do ensaio

"Nessa fase, cresce a consciência de que a vida, cada vez mais, será para valer", observa a psicóloga. "As mulheres percebem que o tempo dos ensaios acabou. Há urgência em pôr em marcha realizações que vinham sendo postergadas", ela completa. Mas é grande a oportunidade de fazer uma escolha: lamentar o que não fez, chorando sobre o leite derramado da Cinderela, ou se empenhar ao máximo para realizar muitos projetos.

Algumas mulheres chegam a dar grandes viradas nessa fase, como aconteceu com uma anônima dona-de-casa de Divinópolis, interior de Minas, que, ao completar 40 anos, lançou "Bagagem", o seu primeiro livro de poesias. Seu nome: Adélia Prado, escritora hoje consagrada e autora de um poema que sintetiza o modo como as coisas podem se processar nesta etapa: "Quarenta anos/Não quero a faca nem o queijo/Quero a fome". É a fome de viver, a sensação de que a vida não merece ser adiada e de que ainda há muito o que fazer.

"Hoje o Brasil é um país jovem, mas que tem como musa uma mulher de 50: Vera Fischer", diz a jornalista carioca Lea Maria Aarão Reis, autora do recém-lançado "Maturidade: Manual de Sobrevivência da Mulher de Meia-Idade" (Editora Campus). Sinal dos tempos? Nem tanto porque, segundo a mesma autora, grande parte das brasileiras dessa faixa temem os efeitos da chamada "síndrome da invisibilidade".

"Muitas sentem uma perda real do seu poder de sedução. São menos notadas nas festas e nas ruas -e ninguém gosta de se sentir transparente. Mas aquelas que passaram a vida apostando todas as fichas na beleza física certamente irão sofrer ainda mais".

Elogio da maturidade

O elogio da maturidade é próprio do meio da filosofia. A filósofa Marilena Chauí lembra que os pensadores gregos começavam a escrever somente depois dos 40 anos, num período da vida conhecido entre eles como "akmê". Chauí, por sua vez, concluiu a sua grande obra, um estudo sobre o pensador holandês Barauch Spinoza, na casa dos 40. Outra máxima que circula pelos corredores universitários é assim reproduzida pelo filósofo Mário Sérgio Cortella, colunista do Equilíbrio: "Dos 20 aos 30 anos, ensina-se o que não sabe. Dos 30 aos 40, o que sabe. E, dos 40 em diante, ensina-se o que deve". É esse o justo momento de identificar e fazer uso de todas as virtudes anteriormente lapidadas.

Vencendo dificuldades!!!!!!

Na verdade nem sei como começar, neste momento sinto a necessidade de dividir o que estou sentindo, ou mesmo, o que estou passando, talvez com isso possa desabafar e ao mesmo tempo ajudar pessoas que esteja enfrentando o mesmo que eu.
Tenho 51 anos de idade, os filhos ja cresceram e ja estão se casando e construindo novas famílias, na verdade pensei tantas vezes como seria quando isso acontecesse.
As vezes me sinto só, não sei muito bem por onde recomeçar, qual o caminho a seguir, parece que esta faltando algo que tenho que fazer e eu não sei o que é.